29 fevereiro 2016

No DM

Aqui. Amplie a imagem clicando sobre ela com o lado esquerdo do rato.

No "Savana" 1155 de 26/02/2016, p.19


Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do ratoNota: "Fungulamaso" (abre o olho, está atento, expressão em ShiNhúnguè por mim agrupada a partir das palavras "fungula" e "maso") é uma coluna semanal do "Savana" sempre com 148 palavras na página 19. A Cris, colega linguista, disse-me que se deve escrever Cinyungwe. Tem razão face ao consenso obtido nas consoantes do tipo "y" ou "w". Porém, o aportuguesamento pode ser obtido tal como grafei.

28 fevereiro 2016

Moçambicanos no Malawi, Malawianos na África do Sul

Moçambicamos emigram para o Malawi fugindo quer do conflito entre forças governamentais e Renamo [aqui], quer da seca [aqui]. Enquanto isso, Malawianos vão para a África do Sul à procura de melhores de condições de vida [aqui].

Poderão ocorrer restrições no fornecimento de água

As cidades de Maputo e Matola e a vila municipal de Boane são abastecidas pela barragem dos Pequenos Libombos, mas sucede que, devido à seca, o Rio Umbeluzi regista caudais extremamente baixos. Poderão ocorrer restrições no fornecimento de água. Fonte aqui.

A tripla guerrilha da Renamo [7]

Sétimo número da série. Finalizo - sempre trabalhando com hipóteses - o segundo ponto do sumário proposto aqui, a saber: A guerrilha militar. Escrevi no número anterior que o primeiro elemento da Renamo é constituído pelos militantes de baixo escalão e parte dos frequentadores dos comícios do partido; que o segundo elemento é formado pela chefia da ala militar sob comando de Afonso Dhlakama; finalmente, que o terceiro elemento é constituído pelos responsáveis políticos provinciais e, especialmente, pelos deputados da Assembleia da República de maior escalão. Por outras palavras: o primeiro elemento é a base de apoio, o segundo dirige e ordena e o terceiro faz o papel de ponte enquanto ala civil, urbana e intelectual. O exército privado da Renamo continua hoje ainda activo, dirigido pelo segundo elemento do partido, o núcleo militar. A recente confissão atribuída a um dos seus guerrilheiros de que 50 homens tinham sido treinados no Quénia [lembre aqui] mostra que esse exército privado não é apenas o descendente da guerrilha pré-1992, é também, potencialmente, um exército renovado com membros, armas e munições, mantendo intacto o cerne da sua actuação, como os mais recentes ataques mostram, a saber: causar o maior dano possível em pessoas e bens nas emboscadas e atemorizar, directa ou indirectamente, comunidades aldeãs. Adaptando Clausewitz: a guerrilha é a maneira principal e definitiva de a Renamo fazer política [recorde aqui]. E é fazendo uma vez mais a guerrilha que Afonso Dhlakama e os seus lugares-tenentes desejam rapidamente ganhar pontos tácticos na estratégia de forçar o Estado a um acordo político - com eco e pressão internacional - que lhes permita a gestão provincial de recursos de poder e prestígio que tanto desejam, mesmo se - et pour cause - mandando às urtigas a Constituição. No próximo número entro no ponto três do sumário, a saber: guerrilha diplomática.

8/9 de Março

27 fevereiro 2016

380 mil famílias em risco alimentar até Junho

Segundo o porta-voz do Instituto Nacional de Meteorologia, Paulo Tomás, citado pela "Agência de Informação de Moçambique", cerca de 380 mil famílias poderão estar carentes de ajuda alimentar até Junho, devido à seca, especialmente no Sul e Centro do país. Aqui.

Seis feridos em ataques da Renamo ontem

No "Notícias" digital de hoje: "Pelo menos seis pessoas contraíram ontem ferimentos, das quais duas gravemente, enquanto dois autocarros e uma viatura ligeira ficaram danificados, em resultado de dois ataques protagonizados por homens armados da Renamo contra escoltas de viaturas nos troços Nhamapadza-Caia e Muxúnguè-Save, em Sofala, ao longo da Estrada Nacional número Um [...]." Aqui.
Adenda às 06:47: reacções do Presidente da República aqui e do Ministro da Defesa aqui.

"À hora do fecho" no "Savana"


Na última página do semanário "Savana" existe sempre uma coluna de saudável ironia que se chama "À hora do fecho". Naturalmente que é necessário conhecer um pouco a alma da vida local para se saber que situações e pessoas são descritas. Segue-se um extracto reproduzido da edição 1155, de 26/02/2016, disponível na íntegra aqui:
Nota: de vez em quando perguntam-me por que razão o ficheiro está protegido com senha e marca de água. Resposta: para evitar que os ávidos parasitas do copy/paste/mexerica o copiem, colocando-o depois no seu blogue ou na sua página de rede social digital com uma indicação malandra do género "Fonte: Savana". Mas, claro, um ou outro é persistente e consegue transcrever para o word certos textos, colocando-os depois no blogue ou na rede social, mas sem mostrar o verdadeiro elo. Mediocridade, artimanha e alma de plagiador são infinitas.

Dois muros

Temos dois muros em nós, o muro físico e o muro psicológico. O muro físico é o nosso corpo, com ele temos instintivamente a noção táctil, brutal, de que os outros estão fora de nós. O muro psicológico é o muro físico pensado, tornado mente, aquele através do qual aceitamos certas pessoas e recusamos outras. É fácil transpor os muros físicos, aniquilá-los mesmo. É impossível transpor os psicológicos.

26 fevereiro 2016

Negócios em Moçambique

Em epígrafe os cabeçalhos das três mais recentes notícias do mundo de negócios em Moçambique a conferir aqui

Palestras 2016 na AEMO

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Amanhã na íntegra neste diário

A tripla guerrilha da Renamo [6]

Sexto número da série. Permaneço - sempre trabalhando com hipóteses - no segundo ponto do sumário proposto aqui, a saber: A guerrilha militar. Escrevi no número anterior que o primeiro elemento é constituído por gente comum, fiel, mas não criativa e sem espírito de alta responsabilidade. O segundo elemento, o "elemento coesivo principal", é constituído por aqueles que centralizam e disciplinam o partido. O terceiro elemento, o "elemento médio", é formado pelos militantes que servem de ponte entre os outros dois elementos a nível físico, moral e intelectual. Quem constitui o primeiro elemento? Os militantes de baixo escalão e parte dos frequentadores dos comícios do partido. Quem constitui o segundo elemento? A chefia da ala militar do partido sob comando supremo de Afonso Dhlakama. Quem constitui o terceiro elemento? Os responsáveis políticos provinciais e, especialmente, os deputados da Assembleia da República de maior escalão. Regressarei a este tema.

25 fevereiro 2016

Saiba sobre Moçambique


Saiba sobre Moçambique através deste boletim com data de hoje, aqui.

Um trabalho da "Deutsche Welle"

Televisão, muros e pontes

Num trabalho da "Agência de Informação de Moçambique": "Por isso, disse o Presidente da República, “não podemos encorajar a televisão de todos nós a levantar muros políticos-sociais, mas sim a fazer pontes pelas quais passarão todos os moçambicanos desfrutando do quanto é belo viver em harmonia e longe de fantasmas divisionistas”." Aqui.

A tripla guerrilha da Renamo [5]

Quinto número da série. Permaneço no segundo ponto do sumário proposto aqui, a saber: A guerrilha militar. Escrevi no número anterior que, fazendo uso da tipologia de Gramsci, era possível considerar três grupos de elementos na Renamo: o elemento difuso, o elemento coesivo principal e o elemento médio. Avancemos, então. O primeiro elemento é constituído, para usar as palavras de Gramsci, pelos "homens comuns, médios, que oferecem como participação a sua disciplina e a sua fidelidade, mas não o espírito de criação e de alta responsabilidade." O segundo elemento, o "elemento coesivo principal", é constituído por aqueles que centralizam e disciplinam o partido. O terceiro elemento, o "elemento médio", é formado pelos militantes que servem de ponte entre os outros dois elementos a nível físico, moral e intelectual. É possível dar exemplos de cada um desses elementos? Tentarei responder a essa pergunta no próximo número.

Um livro da coleção "Cadernos de Ciências Sociais"

Aqui. Sobre a coleção, da "Escolar Editora", confira neste diário aqui.

24 fevereiro 2016

Uma foto

Uma foto do jurista e ambientalista Carlos Serra Jr feita no Parque Nacional da Gorongosa, província de Sofala, Moçambique.

Famílias sofrendo com a seca na província de Maputo

Cerca de sete mil e setecentas famílias carecem de ajuda alimentar por causa da seca em cinco distritos da província de Maputo. Aqui.

65 anos depois

No "Notícias" digital de hoje: "A cidade de Maputo foi assolada, no dia 20 de Fevereiro, por um calor intenso jamais sentido nos últimos 65 anos. A temperatura máxima registada nesta data na Estação Meteorológica do Aeroporto de Mavalane foi de 44.9 graus Celsius." Aqui.

Segundo a polícia: 18 ataques da Renamo desde o dia 11 deste mês

No "Notícias" digital de hoje: "Desde o início destas incursões armadas da Renamo em Sofala nos troços Muxúnguè-Save e Nhamapadza-Caia, a 11 de Fevereiro corrente, a PRM afirma ter já registado 18 ataques contra alvos civis e pessoas indefesas, o que resultou em mortes, ferimentos e na destruição de algumas viaturas e uma máquina pesada de tipo “Caterpillar”." Aqui.

A tripla guerrilha da Renamo [4]

Quarto número da série. Entro no segundo ponto do sumário proposto aqui, a saber: A guerrilha militar. De forma introdutória e com recurso à tipologia de Gramsci, façamos da Renamo a confluência de três grupos de elementos: o elemento difuso, o elemento coesivo principal e o elemento médio. Aqui. Prossigo no próximo número.

A banha da cobra étnica

Quando escasseia a capacidade analítica recorre-se de imediato a uma modalidade da banha da cobra: o etnicismo. Então, solenes, áulicos, certos analistas da praça física e virtual decretam que o país também vive uma guerra étnica. Sobre a citada banha da cobra, sugiro leia um livro meu intitulado Combates pela mentalidade sociológica.

Luta política

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23 fevereiro 2016

História à Kafka

Aqui. Se o que o consórcio afirmou, citado pelo "O País" digital, for verdade, estamos perante uma história à Kafka que merece uma dupla e rigorosa pesquisa: uma referente à construção da piscina olímpica [que parece estar em curso], outra sobre o padrão de construção civil no país.
Adenda: se for verdade o que consórcio construtor afirmou ao "O País", dói, dói sem limites saber que alguém no país assinou, do nosso lado, um documento que legalizava o prazo de validade [=de durabilidade] da piscina olímpica por apenas um ano.

Sugestão de leitura

A tripla guerrilha da Renamo [3]

Terceiro número da série. Termino o primeiro ponto do sumário proposto aqui, a saber: Introdução. Vamos a um segundo ponto desta introdução. A guerrilha convencional povoa a história do exército privado da Renamo, é o seu coração. Mas a Renamo possui dois outros tipos de guerrilha: a guerrilha diplomática e a guerrilha cibernética e midiática, como teremos ocasião de mostrar no terceiro e no quarto ponto do sumário.

A propósito dos grandes homens [6]

Sexto e último número da sérieBiografia e androcentrismo são êmbolos da história comezinha e dos sistemas de conhecimento imediato, a primeira eclipsando a visão dos sistemas sociais, a segunda eclipsando o papel jogado pelas mulheres.
Adenda: recorde neste diário aqui e aqui.

Um problema

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22 fevereiro 2016

Suposto, supostamente

Num texto da "Lusa" com data de hoje, com dois sublinhados da minha autoria: "Os confrontos entre as forças de defesa e segurança e o suposto braço armado da Renamo já provocaram duas baixas, uma de cada lado, além da captura de pelo menos três atacantes, supostamente pertencentes ao braço armado da oposição." Aqui.
Adenda: agora só falta dizer que a Renamo não tem guerrilheiros e que os ataques são levados a cabo por espíritos armados com Kalashnikoves. Supostamente, claro.

No "Savana" 1154 de 19/02/2016, p.19


Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do ratoNota: "Fungulamaso" (abre o olho, está atento, expressão em ShiNhúnguè por mim agrupada a partir das palavras "fungula" e "maso") é uma coluna semanal do "Savana" sempre com 148 palavras na página 19. A Cris, colega linguista, disse-me que se deve escrever Cinyungwe. Tem razão face ao consenso obtido nas consoantes do tipo "y" ou "w". Porém, o aportuguesamento pode ser obtido tal como grafei.