16 julho 2015

Dhkalama e o exército privado da Renamo

O presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, citado pelo "O País" digital: "Fui eu que dei ordens pessoalmente às minhas forças para atacar as tropas governamentais em Tete e na zona sul do país". Aqui.
Adenda: recordando o que disse Jacinto Veloso: "O facto é que, na realidade, temos tido sempre, mesmo depois dos Acordos Gerais de Paz, o partido Renamo que sempre teve um braço armado, um exército privativo. Moçambique deve até ser o único país no mundo, que tem um partido no poder e um outro da oposição, mas com o seu próprio exército, que é tolerado, (risos). Eu não conheço um outro caso no mundo, a nossa democracia deve ser muito especial. O importante é que é muito difícil classificar uma democracia onde, por um lado, temos um partido no poder, e, por outro, temos um partido da oposição com o seu exército privativo, isso é um bocado estranho." Aqui.

4 comentários:

Sir Baba Sharubu disse...

AMMD: um dos ultimos cruzados do apartheid.

Passope, Moçambique !

nachingweya disse...

Exército tolerado ou...'invencido'?
Um exército sem quartel, sem coordenadas? Nem no tempo de D. Sebastião ( essoutro oficialmente convidado de volta entre as brumas da memória dos 24/20 há 40 anitos).
Também Mugabe só não convida Smith para colocar o comboio nos carris por compreensíveis impedimentos da natureza. Influências do campo magnético de Plutão do lado de baixo do equador do nosso mal amado planeta.

nachingweya disse...

Segundo Sun Tzu, estratégia militar e autor do tratado " A aretevda Guerra" Séc IV ac, um bom comandante é aquele que em campanha vive dos abastecimentos que o inimigo aprovisiona. É assim que Dlhakama defende ter alimentado a guerra civil. Ora a proliferaçao de exércitos através de empresas de segurança privadas, policias municipais e comunitárias, forças de defesa do ministério do ambiente, guarda costas de empresários de sucesso nem sempre limpo, etc.etc. De certeza que facilita a logística militar de um bom comandante. E que sejam os comandantes do exército nacional na reserva e no activo a reconhecê-lo: ele , Dlhakama, tem sido imbatível no campo de batalha o que lhe confere direito ao título de bom comandante. Logo, com tantas fontes para se armar...

nachingweya disse...

E se Dlhakama afinal não tiver um exército ( pois que todo o lugar que alberga este tipo de ajuntamentos de indivíduos armados se torna indisfarçável no real sentido da palavra) , se Dlhakama estiver à frente de uma parte do povo deste país?? E se em vez de uma lista de uma força residual armada Dlhakama estiver gritando em nome dos 80% de população marginalizada? Uma lista de 20 milhões de moçambicanos?