21 agosto 2014

Espírito dos recolectores

Diariamente, a cada minuto - a cada segundo para muitos - o celular ou a tablete ocupam por inteiro a atenção. Andamos grudados a coisas fantásticas que se banalizaram, sem que nos apercebamos que nesses aparelhos absolutamente mágicos habitam séculos de física, de química e de matemática. Neste mundo tecnicamente sofisticado, crescentemente maquinificado, de produtores sempre reciclados, cada vez mais apontados para o futuro, temos, afinal, a maior parte de nós, o espírito dos recolectores de antigamente: limitamo-nos a colher o que os agricultores plantaram. E, nisso, com quanta soberba, não poucas vezes.

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