31 dezembro 2012

Sinta


Tenho para mim que faz bem recordar Brenda Fassie (1964/2004), a lendária cantora sul-africana, com a sua voz inesquecível e o ritmo maravilhoso desta canção. Vereis ainda Nelson Mandela e a esposa, Graça Machel, dançando. Usufruí deste belo momento!

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (47)
Séries pessoais: Vídeosocial de Maputo (2); A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (10); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (36); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (35); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)

Chove

Nas vésperas de 2013, chove na cidade de Maputo.
Adenda às 17:40: breve como as rosas de Malherbe, assim foi a chuva pré-2013 desta tarde. 

Diário de um fotógrafo

710 fotos no "Diário de um fotógrafo", aqui

Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (46)

Quadragésimo sexto número de uma série fotográfica sobre o povoado de Namau, distrito de Pemba-Metugeda autoria de Carlos Serra Jr. Tal como em séries anteriores, aqui desfilam imagens do microsocial do país. A última série do autor versou sobre Tete, aqui. As próximas séries terão a Zambézia e, de novo, Tete (Mágoè/Zumbo), como referência. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

Savana 990+Mozambique 210

Com edições de 28/12/2012, respectivamente aqui e aqui.

Sobre racionalidade

Um texto a ler da autoria de Pedro Nacuo, datado de 27/09/2012, sobre a mina de Namanhumbir: "Entre a possibilidade de ter sido uma acção meramente vândala ou o prolongamento da desgovernação daquela área administrativa em face do poder que detêm os estrangeiros ilegais que instrumentalizam os nacionais para se envolverem no garimpo ilegal, violando as leis do seu próprio Estado e a conivência dos servidores deste, dadas as quantidades de dinheiro que circulam naquela região do distrito de Montepuez, não é fácil encontrar a racionalidade do que ali está a acontecer." Aqui.

30 dezembro 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (46)
Séries pessoais: Vídeosocial de Maputo (2); A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (10); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (36); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (35); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)

Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (45)

Quadragésimo quinto número de uma série fotográfica sobre o povoado de Namau, distrito de Pemba-Metugeda autoria de Carlos Serra Jr. Tal como em séries anteriores, aqui desfilam imagens do microsocial do país. A última série do autor versou sobre Tete, aqui. As próximas séries terão a Zambézia e, de novo, Tete (Mágoè/Zumbo), como referência. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

Vídeosocial de Maputo (1)

A baixa da cidade de Maputo num breve momento por mim captado cerca das 10 horas de 29/12/2012 no Café Continental. Podeis ver o Cinema Scala e o abandonado Prédio Karel Pott. Tentarei manter este tipo de vídeosocial com curtos trabalhos de menos de um minuto.
(continua)

Como suster os linchamentos? (10)

Décimo número da série. Mantenho-me no terceiro ponto do sumário proposto aqui. 3. Que processos têm sido adoptados para suster os linchamentos? Mais: nos desenhos, as crianças, rapazes e raparigas, pintaram os ladrões com calças e os feiticeiros com saias. Por outras palavras: verificámos que as nossas crianças eram portadoras de coeficientes punitivos severos e da crença de que o roubo é masculino e a feitiçaria, feminina. Mostra isso que as crianças são naturalmente más, que nascem más? Nada disso. Prossigo mais tarde. Recorde o mais recente caso de linchamento oficialmente reportado, ocorrido na cidade da Beira, aqui.
(continua)
Adenda: este diário tem muitas postagens dedicadas aos linchamentos. Leia, por exemplo, esta, de 2008, aqui. E, se possível, tente ler os livros com as capas mostradas a seguir (clique sobre as imagens com o lado esquerdo do rato para as ampliar):

Proximamente

29 dezembro 2012

Social de Maputo em vídeo

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (45)
Séries pessoais: A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (10); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (36); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (35); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)

Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (44)

Quadragésimo quarto número de uma série fotográfica sobre o povoado de Namau, distrito de Pemba-Metugeda autoria de Carlos Serra Jr. Tal como em séries anteriores, aqui desfilam imagens do microsocial do país. A última série do autor versou sobre Tete, aqui. As próximas séries terão a Zambézia e, de novo, Tete (Mágoè/Zumbo), como referência. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

Capital e risco de desculturalização (5)

Quinto e último número desta curta série. Mas o reassentamento é bem mais do que um conjunto de mudanças, tecnicamente situadas, na vida das pessoas. É, especialmente, um deslocamento rural doloroso para fora da matriz das origens, dos familiares falecidos, do contacto propiciador com os seus espíritos, do elo simbólico com os cordões umbilicais dos nascidos cuidadosamente enterrados e propiciados. O Capital preocupa-se com lucros, não com essa inexorável morte cultural. O carvão queima. Recordem aqui e aqui. Sobre a Vale, aqui, aqui e aqui.
(fim

Como suster os linchamentos? (9)

Nono número da série. Mantenho-me no terceiro ponto do sumário proposto aqui. 3. Que processos têm sido adoptados para suster os linchamentos? Escrevi no número anterior que o trabalho de prevenção tem incidido muito a juzante dos processos, não a montante. Vou tentar, através de um exemplo, mostrar como. Em 2008 uma equipa de pesquisa sob minha direcção pediu a centenas de estudantes do ensino primário de escolas de Maputo, Matola, Quelimane, Inhassunge, Inhambane, Homoíne e Pemba, com currículos possuindo a disciplina de Educação Cívica e Moral, que fizessem redacções respondendo às seguinte pergunta: o que deve fazer-se a uma ladrão e a um feiticeiro? Pediu-se às crianças que pintassem ladrões e feiticeiros. Regra geral, as crianças propuseram que os ladrões fossem castigados antes de serem entregues à polícia; mas no caso dos feiticeiros (usámos sempre o masculino), a proposta foi a morte. Prossigo mais tarde. Recorde o mais recente caso de linchamento oficialmente reportado, ocorrido na cidade da Beira, aqui.
(continua)
Adenda: este diário tem muitas postagens dedicadas aos linchamentos. Leia, por exemplo, esta, de 2008, aqui. E, se possível, tente ler os livros com as capas mostradas a seguir (clique sobre as imagens com o lado esquerdo do rato para as ampliar):

Sobre o poder

De uma intervenção do primeiro-secretário do comité provincial do partido Frelimo em Nampula, Zacarias Ivala - extracto do Wamphula Fax de ontem:

28 dezembro 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (44)
Séries pessoais: Capital e risco de desculturalização (5); A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (9); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (36); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (35); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)

Savana 990 + Mozambique 210

Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (43)

Quadragésimo terceiro número de uma série fotográfica sobre o povoado de Namau, distrito de Pemba-Metugeda autoria de Carlos Serra Jr. Tal como em séries anteriores, aqui desfilam imagens do microsocial do país. A última série do autor versou sobre Tete, aqui. As próximas séries terão a Zambézia e, de novo, Tete (Mágoè/Zumbo), como referência. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

Capital e risco de desculturalização (4)

Quarto número da série. Escrevi no número anterior que o problema das Báucias e dos Filemos moçambicanos parece ter a limpidez das superfícies lisas onde é suposto que a ruga social, ferida e rebelde, jamais habitará. O desenvolvimento comanda. Os reassentamentos podem ser problematizados de múltiplas maneiras. Por exemplo, em certas áreas os reassentados queixam-se da falta de terras aráveis, de água potável e de energia eléctrica.Se não se importam, prossigo mais tarde. Recordem aqui e aqui. Sobre a Vale, aqui, aqui e aqui.
(continua

Como suster os linchamentos? (8)

Oitavo número da série. Passo ao terceiro ponto do sumário proposto aqui. 3. Que processos têm sido adoptados para suster os linchamentos? Existe nas comunidades um trabalho permanente de sensibilização e dissuasão, por exemplo por parte da polícia. Isto por um lado. Por outro, pessoas têm sido detidas e incriminadas. Claro que não é fácil saber quem fez parte do grupo assassino ou da multidão enfurecida, creio que a cumplicidade e o silêncio são de regra a esse nível. O procurador-geral da República, Augusto Paulino, tem-se referido aos linchamentos nos informes anuais da procuradoria desde 2007, com dados estatísticos. Mais: ele tem-se preocupado com a criminalidade por acusação de feitiçaria. Isto é extremamente importante e suscita o desencadear de acções de prevenção ao nível da polícia e das instâncias comunitárias. Todavia, acho que o trabalho tem incidido muito a juzante dos processos, não a montante. Prossigo mais tarde. Recorde o mais recente caso de linchamento oficialmente reportado, ocorrido na cidade da Beira, aqui.
(continua)
Adenda: este diário tem muitas postagens dedicadas aos linchamentos. Leia, por exemplo, esta, de 2008, aqui. E, se possível, tente ler os livros com as capas mostradas a seguir (clique sobre as imagens com o lado esquerdo do rato para as ampliar):

Morte dos blogues moçambicanos? (35)

Trigésimo quinto número da série, com sumário proposto aqui. 4. Tipologia. Prossigo no sétimo tipo sugerido aqui: 4.7. Científicos: escrevi no número anterior que existe ainda um outro tipo de desconfiança. Essa desconfiança tem a ver com a proteção dos trabalhos publicados na internet.  Creio não serem poucos aqueles que temem ver os seus trabalhos roubados. O plágio digital assusta muitos cientistas. Prossigo mais tarde. Imagem reproduzida daqui.
(continua)
Adenda: Virtualização do quotidiano: bloguismo em Moçambique - um pequeno texto pioneiro de Teles Huo divulgado neste diário em 2006, confira aqui.
Adenda 2 às 5:56 de 17/12/2012: estude o estado da blogosfera em 2011 em trabalho da Technorati, aqui e aqui

27 dezembro 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (43)
Séries pessoais: Capital e risco de desculturalização (4); A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (8); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (35); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (35); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)

Sugestão

710 fotos no "Diário de um fotógrafo", aqui

Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (42)

Quadragésimo segundo número de uma série fotográfica sobre o povoado de Namau, distrito de Pemba-Metugeda autoria de Carlos Serra Jr. Tal como em séries anteriores, aqui desfilam imagens do microsocial do país. A última série do autor versou sobre Tete, aqui. As próximas séries terão a Zambézia e, de novo, Tete (Mágoè/Zumbo), como referência. Se quiser ampliar a imagem, clique sobre ela com o lado esquerdo do rato.
(continua)

Legitimidade política: o problema de Graça Machel (14)

Décimo quarto e último número da série. A pergunta: qual a relação entre o que escrevi e o que disseram Graça Machel e Lourenço do Rosário? Deixem-me recordar o problema de Graça: a distância social  (fosso, foi a palavra que usou) entre Frelimo e povo. E, também, o problema de Lourenço do Rosário: falta de apoio votal significativo à Frelimo. A relação tem a ver com a legitimidade política: Graça Machel referiu a distância social entre a Frelimo e o povo, Lourenço do Rosário exemplificou o fenómeno com a abstenção eleitoral. A imutabilidade da superfície pode esconder a modificação do interior. Crédito da imagem aqui.
(fim)
Adenda: permitam-me recordar-vos a minha série em 18 números intitulada Graça, Marcelino e Rebelo: a frente crítica, aqui.
Adenda 2: a 19 de Novembro de 2009 publiquei neste diário uma postagem intitulada O Sheik Mohamad e a brecha ricos/pobres, recorde aqui.

Capital e risco de desculturalização (3)

Terceiro número da série. Escrevi no número anterior que a questão principal tem ver com o método usado nos reassentamentos. A minha hipótese é esta: os reassentamentos são considerados problemas tecnicamente resolúveis. Mudam-se centenas ou milhares de pessoas do lugar A (zona, por exemplo, destinada à exploração mineira) para o lugar B (zona virgem, mas potencialmente concebida como reservatório de mão-de-obra) e procura-se que determinadas possibilidades físicas substitutivas fiquem asseguradas. O problema das Báucias e dos Filemos moçambicanos parece ter a limpidez das superfícies lisas onde é suposto que a ruga social, ferida e rebelde, jamais habitará. O desenvolvimento comanda. Se não se importam, prossigo mais tarde. Recordem aqui e aqui. Sobre a Vale, aqui, aqui e aqui.
(continua

26 dezembro 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (42)
Séries pessoais: Capital e risco de desculturalização (3); A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (8); Legitimidade política: o problema de Graça Machel (14); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (35); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (35); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)

À busca do ouro (17)

Décima sétima e última foto sobre a mineração artesanal em Fenda, região situada a poucos quilómetros do município de Manica, microsocial em fotos de Albertino Atanásio há tempos tiradas e gentilmente disponibilizadas para este diário.
(fim)
Adenda: Prospecção de ouro e emissões de carbono em Manica - um texto a conferir aqui.

Capital e risco de desculturalização (2)

Segundo número desta nova série. É possível estabelecer como hipótese que a posição do secretário permanente do distrito de Moatize não é necessariamente a posição global do governo. Mas essa não é, em meu entender, a questão principal. A questão principal tem ver com o método usado nos reassentamentos. Se não se importam, prossigo mais tarde. Recordem aqui e aqui. Sobre a Vale, aqui, aqui e aqui.
(continua

A difícil fórmula da distribuição de consensos (34)

Trigésimo quarto número da série, baseada neste trabalho de "O País" aqui. Prossigo no primeiro ponto do sumário que vos propus aqui.
1. História da ciência, cientistas sociais e algumas ambições  Existiram, claro, excepções. Montaigne foi, exemplarmente, uma delas. Mas o quadro geral tem vincadamente a linha hegeliana, que receberá ainda o sinete de sociólogos como Lévy-Bruhl e, já no século XX, do missionário Placide Tempels. O nosso país pode ser tomado como exemplo em termos de como a antropologia leu, catalogou e frigorificou os Africanos. A “tribo” é a unidade constitutiva do Africano na leitura de missionários, militares e funcionários administrativos. Ela é tida como habitando-o biologicamente com a mesma tenacidade com que a agulha de uma bússola indica obrigatoriamente o norte qualquer seja o ponto onde nos coloquemos. Por isso um dos primeiros esforços empreendidos consistiu em catalogar os colonizados por tribos, ao mesmo tempo que se inventariavam os seus costumes, as suas formas de parentesco, os seus hábitos alimentares, as suas línguas, etc. Permitam-me prosseguir mais tarde. Problema que deu origem a esta série aqui.
(continua)

25 dezembro 2012

Postagens na forja

Eis alguns dos temas que, progressivamente, deverão entrar neste diário a partir da meia-noite local:
* Genéricos: À busca do ouro (17); Uma viagem a Namau (Pemba-Metuge) (42)
Séries pessoais: Capital de risco de desculturalização (2); A raça das raças (5); Desunidos e unidos (4); O poder de nomear desviantes e vândalos (5); Sobre o 15 de Novembro (14); Produção de pobreza teórica (7); O discurso da identidade nacional (4); Como suster os linchamentos? (8); Legitimidade política: o problema de Graça Machel (14); O que é um intelectual? (10); Democracia formal e prescrição hipnótica (8); Semiologia das ameaças políticas em Moçambique (11); Análise da análise (15); Morte dos blogues moçambicanos? (35); A carne dos outros (19); A difícil fórmula da distribuição de consensos (34); Sobre os guerrilheiros do informal em Moçambique (14); Modos de navegação social (20); Ditos (51); O que é Moçambique, quem são os Moçambicanos? (97)