07 julho 2010

África: potencial de riqueza


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3 comentários:

V. Dias disse...

Essa riqueza é mal aproveitada.
Até hoje ainda não percebo porque é que Tete, com tanto gado bovino e caprino, não haja indústria que confecciona queijo, leite e outros derivados.

Que na Zambézia a poulaçao priva-se do consumo de oléo. Para quê serve tantos pomares? Para fazer estatistica?
Para o ingles ver? Para o portugues dançar, os sul-africanos bater palmas? E os moçambicanos morrer a fome? Nunca conseguimos conjugar os esforços para juntar o util ao agradave. Este é o problema maior de Moçambique e de Africa.

Claro, os “indomaveis” apercebendo-se dessa fragilidade, dessa desuniao, desse labirinto de consciencia, não se fazem rogar, aplicam a lei do mais forte.

Hoje tudo foi vendido ao capitalismo, até a alma das pessoas. Um pacato cidadao não moçambicano não tem onde ir queixar-se perante as injustiças. Se eu conhecesse o caminho onde jazz Samora e os homens bons, ia amanha mesmo queixar-me.

Uma vez perguntei a um amigo historiador se a Africa não tinha capacidade para liderar as tecnologias. A resposta desse amigo foi mais ou menos a seguinte: “Oh Muna, Africa pode sim liderar. Voces tem a vantagem de serem muitos como os asiaticos, o maior problema é que a maioria nunca se entende, os pobres nunca se entendem.”

Fiquei intrigado com a resposta.

Termino com o som de Samangwana...musica que dedico ao meu chamuale Karim.

Zicomo

Anónimo disse...

Gostei da parte que diz:

"Mas douto uma esmola a um homem que é são,
Ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadao"

Manuel Lobo


Vozes da Seca – Luis Gonzaga
Composicao: Luiz Gonzaga e Zé Dantas

Seu doutô os nordestino tem muita gratidao
Pelo auxilio dos sulista nesta seca do sertão
Mas douto uma esmola a um homem que é são
Ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadao
É por isso que pidimo protecao a vosmice
Home pur nois escuido para as redeas do pudê
Pois douto dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
De servico a nosso povo, encha os rios de barrage
Dê cumida a preço bom, não se esqueça da açudage
Livre assim nois da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o douto fizer assim, salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vir, que riqueza pra nação!
Nunca mais nois pensa em seca, vai dá tudo nesse chao
Como ve nosso distino merce tem nas vossa mãos.

Abdul Karim disse...

Obrigado pela dedicatoria Mano Viriato,

Acredito que havemos de juntar o util ao agradavel,

Vamos conseguir com certeza, so um pouquinho mais de esforco, e chegamos la.

Estamos quase quase, os "empresarios de sucesso" e a "oposicao construtiva", assim como os "retumbadores" vao conceder espaco pra nos entendermos.

Estou muito esperancado.