19 fevereiro 2010

Eles são atrasados (3)

Pequeno avanço na série.
Instalados em nossa posição de centro estatal definidor, actuamos de duas maneiras perante os habitantes da periferia definida: 1. procuramos e prendemos os responsáveis pelos danos causados; 2. fazemos campanhas de sensibilização para que as pessoas saibam que estão erradas.
O que parece que nunca é feito é um sério trabalho de pesquisa no qual nos coloquemos na situação de objecto perante as comunidades, encetando o diálogo com as seguintes quatro perguntas: 1. o que nós representamos para vocês?; 2. por que estragais o que construímos para o vosso bem-estar?; 3. por que acreditais que nós vos fazemos mal?; 4) o que é desenvolvimento para vocês? Aqui, o fundamental é saber o que os habitantes das comunidades entendem por bem-estar, felicidade e saúde na relação com o centro.
(continua)

1 comentário:

ricardo disse...

A morte de uma pessoa e uma tragedia. A morte de um milhao de pessoas e uma estatistica (Josef Stalin)

Efectivamente caro Professor, isso sao tambem resquicios da doutrina Marxista, onde pessoas, eram apenas numeros...

Pois que e mais do que evidente, que ninguem mais, senao os cientistas sociais e que tem consciencia dessa dicotomia. E aqui que paises como a Tanzania e o Malawi tem muito para nos ensinar. E ate o Zimbabwe, nos pode ensinar com o seu Senado.

Mas no dia em que a eleicao de deputados da AR se fizer por circulos uninominais de personalidades da zona, ai, o governo do dia tera de la ir para perceber melhor o que as pessoas querem na sua terreola.

Porque e possivel fazer uma ponte entre o que e tradicional e a modernidade. Basta que os doutores dispam as togas e a vaidade e falem com as pessoas como seres humanos. E nao como numeros.

Agora, atrasados, nao!!!