04 janeiro 2009

Prédio Karel Pott


O que resta do prédio Karel Pott, com o topo visto da Avenida 25 de Setembro, cidade de Maputo, Pott advogado que foi, com os irmãos Albasini e Estácio Dias, um dos fundadores em 1918 do jornal "O Brado Africano", prédio-ícone da história de Maputo que ardeu há mais de dez anos e por ali continua em seus restos mortais. No interior habitam jovens sem-tecto e outras figuras da baixa maputense.

4 comentários:

Anónimo disse...

Muito triste mesmo ver estes restos mortais.

E cantam de pompa e circunstancia sobre o patrimonio cultural.
Nao pode ser este um patrimonio cultural?
Kanivete

Anónimo disse...

Deve ser culpa dos governantes. Numa sociedade como a nossa a quem compete valorizar espaços como aquele em que se situa o antigo prédio Pot? Na verdade, quem está, neste momento, a contribuir para requalificar toda a zona da baixa, justamente na Av. 25 de Setembro onde se localiza o Prédio Pot?

Viriato Tembe

Anónimo disse...

Estimado Professor:
este incendio ocorreu antes de 1992num inicio de uma tarde em que os Bombeiros tiveram muita dificuldade em extinguir o fogo rapidamente por falta de agua disponivel p/uns poucos disponiveis e operacionais carros de combate; nessa tarde tive a oportunidade de activar o sistema interno de combate a incendios da empresa Mosopesca localizada na altura na Rua Bagamoyo, atraves de pessoal proprio, treinados e equipados c/diversos tipos de extintores; um grupo de cerca de 30trabalhadores do sector de Aprovisionamento e de Frota, prontamente foram destacados p/ o local, em formacao propria de combate a incendios e ajudarm naquilo que foi possivel a estancar a propagacao do incendio a outras partes do edificio que sobreviveram ao incendio e ajudando algumas familias e colegas que na altura tambem viviam no edificio, a salvar bens pessoais; devido a falta de agua p/ reabastecimento das viaturas, foi activado um sistema de abastecimento a partir de algumas embarcacoes pesqueiras industriais na altura estacionadas no Porto de Pesca de Maputo, c/ o fornecimento de agua a partir das bombas hidraulicas das embarcacoes e utilizando agua da baia (agua salgada foi a unica hipotese encontrada na altura, como alternativa); tentou-se igualmente fazer a bombagem directa a partir das embarcacaoes pesqueiras distanciadas do local em cerca de 800 metros, mas nao havia tubagem suficiente p/ tal operacao; no rescaldo desta operacao de ajuda, aprendemos a melhorar a capacidae de combate a incendios, renovamos o parque de extintores,aumentamos a capacidade de tubagem flexivel, substituiu-se a ineficiente, corrigiram-se aspectos de intervencao tecnica (este tipo de incendio podia ter acontecido nas instalacoes em terra, no velho edificio ao lado da ARPAC ou numa das embarcacoes),houve um enaltecimento do espirito de entre ajuda e capacitacao tecnica entre os trabalhadores e um sentimento de um certo dever civico cumprido; depois deste episodio, uma pequena noticia no dia seguinte num diario local, nenhum reconhecimento oficial por parte de algum organismo publico, uma verdadeira ignorancia ou interesse em conhecer as causas do referido incendio; p/ finalizar, dizer apenas que no meio de toda esta operacao, uma viatura c/ 5 individuoas que nao pude identificar, tentaram saber quem estava por detras desta accao, pois parecia que estavam descontentes por o fogo nao ter atingido proporcoes maiores e haver "alguem intrometido" a debelar o fogo...........muito estranho, mais estranho ainda que depois de reportado o caso a uma determinada entidade que na altura lidava c/sabotagens economicas, maior foi o silencio posteriormente........uhmmmmmmmmm!!saudacoes
Jose Carlos L. Pereira (ex-Director Geral da Mosopesca)

Carlos Serra disse...

Muito obrigado pelo esclarecimento, útil para os leitores deste diário.